O sonhador II



Talvez se alguém falasse a ele que era apenas um mero sonhador. 

Isto por acreditar tanto na vida, por acreditar tanto que o ser humano pode viver o hoje como se não houvesse nenhum paraíso ou inferno abaixo de seus pés.
Talvez ele devesse acreditar em uma espécie de lei no universo para tentar justificar os propósitos das pessoas e das coisas. E quem sabe se ele tentasse em todo tempo explicar que os sonhos só se tornam realidade quando as pessoas acreditam realmente neles e que cada minuto é uma oportunidade de mudar o rumo de tudo ou de perder um grande tempo. A grande verdade que ele já havia percebido que entender o mundo e as pessoas, além de ser complicado, é ato falho. E se mesmo assim ele tentasse, jamais poderia voltar no tempo e concertar aquilo que martela sua cabeça nos últimos dias. 
Por isso ele deixou de esperar que os planos da sua planilha de sonhos simplesmente acontecessem e começou apenas a viver, a correr, a cantar a sorrir sem se preocupar com o que não fosse dar certo, mesmo que isso no fundo deixasse todos boquiabertos.

No fundo era só isso que ele queria: que todos entendessem e vissem que os passos de um guri sonhador as vezes é o caminho para um mundo melhor.

Um comentário:

Anônimo disse...

É você?