Algumas coisas levam mais tempo que outras e isso não significa que nunca irão acontecer



Por hoje, respeite-se e respeite a opinião alheia. Não estar com os ponteiros do relógio alinhados é plausível, mas fazer drama e charminho para convencê-lo a estar é uma falta de noção sua.

Não vou pular etapas. Processos são necessários e, embora seja tão difícil esperar, há coisas que levam tempo. Queremos apressar tudo, controlar todas as coisas e, quando não conseguimos, ficamos angustiados. Achamos que não irá acontecer, que não vamos ter um final feliz.

A partir do momento que olhamos para o tempo, não como uma trave, mas como um meio necessário para nos lapidar e nos preparar para aquilo que que almejamos e iremos viver, a nossa ânsia por querer tudo já e agora, começa a mudar.

O tempo nos ensina.

Respeite o tempo.

Suas fases e seu sentimento diante disso.

Os processos são importantes. As fases também. Você se torna grande não quando pula etapas, mas quando se respeita, faz o que está ao seu alcance e entende que não há espaço para unilateralidade. Não podemos nos cobrar por coisas que não estão ao nosso alcance. Cada evolução no relacionamento tem o seu tempo. A sua vez irá chegar. Sempre chega, para quem não estaciona.

Todas as etapas do relacionamento têm suas limitações, mas também tem seu romantismo e seu prazer. Viver cada momento com a satisfação que a relação nos proporciona é um grande segredo para uma união saudável.

É importante ressaltar que chegar a um acordo sobre o melhor ritmo para a relação não significa, de maneira alguma, impor todos os seus desejos. É preciso saber ouvir o outro, conhecer as necessidades dele, conhecer seus anseios, intenções, planos, seu modo de pensar, de enxergar as coisas. É evidente que não se trata de considerar somente a opinião do outro e descartar a própria. Não esqueça de que só há um casal porque há duas pessoas, e não apenas uma. Por esta razão, o ritmo de uma relação não pode ser ditado apenas por uma delas, mas deve ser estabelecido, em conjunto, pelas duas.

Cada pessoa tem seu próprio tempo de cura, cada um sabe quando é tempo de dar mais um passo adiante ou quando é hora de parar e esperar uma brisa mais agradável para proceder com a caminhada. O seu tempo pode não ser o do outro. Ou a gente aceita, coloca um banquinho do lado da porta e espera o outro entrar, feliz e satisfeito com isso. Ou a gente aceita, coloca um banquinho do lado da porta e deixa o outro sair, igualmente feliz e satisfeito com isso.

O relógio sob a prateleira, ruidosamente caminhando pela casa dos segundos, me fez entender que assim como as pessoas, o ponteiro tem o tempo certo de correr pelos minutos. Paciência para que os relógios parados comecem a se mover, para que os ponteiros se afinem, para que o tiquetaque da vida seja agradavelmente o mesmo.

Ser capaz de valorizar e curtir cada degrau romanticamente pode ser um desafio, mas não é impossível.


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