Devemos prestar atenção naquilo que tira nossa atenção...
Estou aprendendo com simples. Menos é mais. O pouco para mim passa a ser suficiente e isso não quer dizer que qualquer coisa basta: são as pequenas grandes coisas que fazem a diferença. Percebo as nuances escondidas na mesmice: nenhum por de sol tem a mesma cor que o outro. Meu cabelo acorda cada dia de um jeito. A areia da praia nunca amanhece igual ontem e sempre há uma pilha de pegadas a mais ou a menos. Todo dia é um dia. Às vezes com sol, as vezes com chuva. E quando molha parece que a rotina não é tão cheia de acasos... vai e vem de pessoas. Guarda chuvas limitam espaços.
E tem quem ache a vida repetitiva.... Quem o faz, é porque não nota a simplicidade impregnada nas rugas te um cachorro, nos passos de uma criança aprendendo a caminhar, no veleiro que some no horizonte, no pé de pitanga que ficou vermelho de um dia para o outro na esquina de casa, no cheiro de milho verde cozido que vem junto da brisa do mar ou do café passado na casa de mãe.
O fio do carregador do iPhone se enrola em forma de coração - sem querer.
Meu vizinho colorado acorda de bom humor e me dá bom dia.
O uniforme da menina do estacionamento parece ter ganhado um pouco de cor.
As pessoas em clima de happy hour.
O ar tem cheiro da feira orgânica de sábado de manhã.
Uma toalha xadrez sobre a grama feito piquenique.
Minha sobremesa veio com dois morangos gigantes.
Há paz no quarto, pois a obra do vizinho acabou ontem.
Há tanta coisa leve despercebida, que passei a ser um triz mais feliz por percebê-las. A vida está cheia de belas nuances. O segredo da felicidade está em aprender a enxergá-las. Não há rotina que sobreviva, não há mau humor que me derrote.
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